08/02/2011

Decrescimento

http://degrowthpedia.org/index.php?title=Main_Page

Traficantes de sonhos - Madrid

   Traficantes de Sueños no es una casa editorial, ni siquiera una editorial independiente, que contempla la publicación de una colección variable de textos críticos. Es, por el contrario, un proyecto, en el sentido estricto de «apuesta», que se dirige a cartografíar las líneas constituyentes de otros órdenes de vida. La construcción teórica y práctica de la caja de herramientas que, con palabras propias, puede componer el ciclo de luchas de las próximas décadas. Sin complacencias con la arcaica sacralidad de la cultura, sin concesiones para con los narcisismos del genio literario, sin lealtad alguna a los usurpadores del saber, TdS adopta sin ambagajes la libertad de acceso al conocimiento. Queda, por tanto, permitida y abierta la reproducción total o parcial de los textos publicados, en cualquier formato imaginable, salvo por explícita voluntad del autor o de la autora y sólo en el caso de las ediciones con ánimo de lucro. Para ponerse en contacto con nosotras y nosotros puedes usar el mail o visitarnos: c/ Embajadores nº 35, local 6. 28012. Madrid. El botón que aparece justo debajo es por si alguien deseara hacer una donación absolutamente voluntaria para apoyar nuestro proyecto. Ya sabeis que el copyleft hace los contenidos libres no gratuitos! Todo tiene sus costes...

A ler.

Serge Latouche (Vannes, 12 de janeiro de 1940) é um economista e filósofo francês. Muito influenciado pelos trabalhos de François Partant, Latouche é membro fundador e ex-presidente da associação « La ligne d'horizon », cujo objetivo é prosseguir as reflexões de Partant, contidas em seus livros e artigos. Também conhecido por seus trabalhos de Antropologia econômica, Latouche desenvolveu uma teoria crítica da ortodoxia econômica. Denunciou o economicismo e o utilitarismo nas Ciências Sociais e criticou, tanto através de uma argumentação teórica consistente como da abordagem empírica, constituída de numerosos exemplos, o conceito de desenvolvimento e as noções de eficácia e racionalidade econômica. Segundo Latouche, é preciso descolonizar nosso imaginário. Em especial, desistir do imaginário econômico (...) Redescobrir que a verdadeira riqueza consiste no pleno desenvolvimento das relações sociais de convívio em um mundo são, e que esse objetivo pode ser alcançado com serenidade, na frugalidade, na sobriedade, até mesmo em uma certa austeridade no consumo material, ou seja, aquilo que alguns preconizaram sob o slogan gandhiano ou tolstoísta de "simplicidade voluntária".
Adversário do consumismo e da racionalidade instrumental, contrário à ocidentalização do planeta, Latouche é um dos mais conhecidos partidários do decrescimento sustentável.
Serge Latouche atua em vários coletivos na elaboração do conceito de pós-desenvolvimento. É também um dos contribuintes históricos de La Revue du MAUSS (Mouvement anti-utilitariste en sciences sociales), professor emérito da Faculdade de Direito, Economia e Gestão Jean Monnet da Universidade de Paris XI (Paris-Sud), em Sceaux, e no Institut d'études du dévoloppement économique et social (IEDS) de Paris. Além disso, dirige o Groupe de Recherche en Anthropologie, Épistémologie et Économie de la Pauvreté (GRAEEP).

Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno

"O conceito de decrescimento tem duas fontes: uma antropológica, que é a crítica antiga da economia, da modernidade e da base original do homo economicus e que teve sua glória nos anos 1970. A mensagem de Ivan Illich, de quem me considero discípulo, é a de que viveríamos melhor de outra maneira. Dito de outra forma, é desejável sair deste sistema que nos leva à catástrofe. O segundo momento da teoria do decrescimento, ligado, principalmente, à ecologia e ao relatório do Clube de Roma, é o da sua imperatividade por razões físicas. Devemos então unir o desejo e a necessidade. Podemos viver muito bem de outra maneira."
Serge Latouche

"Fomos formatados pelo imaginário do 'sempre mais', da acumulação ilimitada, dessa mecânica que parece virtuosa e que agora se mostra infernal por seus efeitos destruidores sobre a humanidade e o planeta. A necessidade de mudar essa lógica é a de reinventar uma sociedade em uma escala humana, uma sociedade que reencontre seu sentido da medida e do limite que nos é imposto porque, como dizia meu colega Nicholas Georgescu-Roegen, 'um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito'."

Neste Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno o autor expõe seu projecto de uma sociedade do decrescimento e descreve como se deveria realizar essa transição nas sociedades consumistas, evitando, deste modo, uma catástrofe ecológica e humana, pois os recursos do planeta não são inesgotáveis. Para Serge Latouche, o decrescimento é uma 'utopia concreta': não podemos continuar a perseguir infinitamente o crescimento, a economia e o progresso económico, quando o nosso planeta se encontra em declínio – é preciso um modelo alternativo, uma filosofia e um modo de vida gradual e serenamente decrescente.